Há benefícios em treinares descalço mas deves ter cuidados especiais com o sítio em que treinas para que também não causes outros problemas.

Artigo escrito em parceria com a REVISTA NIT.

As sapatilhas são indissociáveis do exercício físico. Pelo menos, para a esmagadora maioria que não se imaginam a treinar descalços. No entanto, trata-se de uma tendência que tem vindo a ganhar adeptos entre que os que treinam nos ginásios, sem esquecer que é uma prática comum entre os que treinam em casa. Embora abdicar dos sapatos possa parecer uma decisão bizarra, a verdade é que traz diversos benefícios.

“Quando os pés estão em contacto direto com o chão, as terminações nervosas enviam informações ao cérebro sobre o ambiente e o nosso organismo: como é o terreno (plano, irregular, macio, duro ou arenoso), se o peso do corpo está bem distribuído, se a postura está ajustada e outras sensações ligadas diretamente à perceção corporal”, explica Pedro Faria, personal trainer do FITTEJO. O uso contínuo de sapatos fechados tende a enfraquecer os músculos dos pés e limita a amplitude de movimento das articulações.

Contudo, é preciso ter em atenção que treinar descalço em passadeiras ou em ginásios pode ser perigoso, devido às outras pessoas que podem realizar movimentos imprevisíveis, em relação aos quais não temos qualquer controlo. “Apesar de ser benéfico abdicar dos sapatos, o ambiente em que treinamos deve ser controlado

Pedro Faria, Personal Trainer FITTEJO

Andar descalço é benéfico para o equilíbrio e corrige possíveis erros na pisada, fatores que contribuem para a diminuição do risco de lesões. Deixar os sapatos de lado também “contribui para o desenvolvimento dos músculos dos pés, promovendo uma melhor biomecânica do organismo”, refere o PT do FITTEJO.

Em 2013, investigadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, compararam corredores descalços e calçados, durante cerca de um ano. Aqueles que usavam sapatilhas tiveram um número maior de contusões. “As sapatilhas tendem a impedir o praticante de usar o amortecimento natural do corpo, colocando a parte central do pé em contacto com o chão antes do calcanhar”, realça Pedro. E deixa um alerta: “O corpo funciona como um mecanismo de compensação. Caso os músculos dos pés não estejam a cumprir a sua função motora, ele tende a sobrecarregar outra região, criando um cenário perigoso para problemas nos joelhos e calcanhares”.

Deixar os sapatos de lado também contribui para o desenvolvimento dos músculos dos pés, promovendo uma melhor biomecânica do organismo

Pedro Faria, Personal Trainer FITTEJO

A Universidade Federal de Minas Gerais, no Brasil, organizou um estudo semelhante em 2016. A investigação mostrou que correr descalço tem outros benefícios: ajuda o organismo a fazer uma gestão mais eficaz da energia durante a corrida (ou seja, o atleta cansa-se menos) e dá maior estabilidade do tornozelo. Encontraram, contudo, um malefício: “boa parte dos corredores que não usam sapatilhas apresentaram um tipo específico de lesão na planta do pé, o que prova que a prática também exige algum cuidado, especialmente em relação ao tipo de solo, sendo necessário garantir a integridade da superfície que pisa.”

Como resume Pedro Faria, “quanto mais os pés estiverem em contacto direto com o chão durante os movimentos, melhor.” Contudo, é preciso ter em atenção que treinar descalço em passadeiras ou em ginásios pode ser perigoso, devido às outras pessoas que podem realizar movimentos imprevisíveis, em relação aos quais não temos qualquer controlo. “Apesar de ser benéfico abdicar dos sapatos, o ambiente em que treinamos deve ser controlado”, conclui o PT.


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Até breve,

bons treinos

FITTEJO

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